Publicado em 04 de setembro de 2023. 

O tema dessa semana é novamente a microbiota intestinal e seus efeitos sobre a saúde. No entanto, hoje vamos focar nos paraprobióticos. Acompanhe nosso texto para entender melhor do que se trata e suas principais aplicações.

O que são paraprobióticos?

Os paraprobióticos são microrganismos inativados, que podem ser suplementados visando à recuperação ou a manutenção de uma microbiota saudável, bem como os benefícios resultantes disso. Se quiser relembrar as diferenças entre paraprobióticos, probióticos e prebióticos, clique aqui.

Quais os tipos de paraprobióticos?

Hoje em dia, é possível encontrar dois tipos de probióticos: os fragmentos e os íntegros.

Os fragmentos são produzidos a partir da lise bacteriana. É literamente a desintegração da bactéria em pedacinhos por processos físicos e/ou químicos. Alguns desses pedaços têm a capacidade de ativar mecanismos moleculares ligados a resposta imunológica, desencadeando efeitos benéficos no organismo.

Já os paraprobióticos íntegros – como é o caso da linha ImmuneCal – são os microrganismos com a estrutura quase toda preservada, mas sem viabilidade celular. Isso pode ser alcançado, por exemplo, por um processo térmico chamado de tindalização ou pasteurização intermitente. Nesse processo a temperatura é aumentada e reduzida sucessivas vezes, de maneira que o material genético (DNA) do microrganismo é destruído, mas as membranas celulares permanecem íntegras. Sem o material genético o microrganismo perde a capacidade de se reproduzir e mesmo de metabolizar compostos (fermentar), mas mantém a capacidade de desencadear diversos efeitos no hospedeiro. Por isso, eles são chamados muitas vezes de probióticos fantasmas.

Mas por que manipular paraprobióticos ao invés de probióticos?

Uma das vantagens dos paraprobióticos em relação aos microrganismos viáveis é a possibilidade de formulação em diferentes formas farmacêuticas. Os microrganismos viáveis são um pouco delicados de trabalhar, por isso, geralmente são liofilizados para possibilitar sua utilização por um tempo razoável.

No entanto, mesmo quando liofilizados, eles exigem algumas condições para se manterem viáveis. A sua estabilidade depende de diversos fatores, como temperatura, umidade, pH, entre outros. Para ilustrar, imagine que se os probióticos forem aquecidos a certas temperaturas eles podem morrer. Se forem hidratados, eles saem do estado de dormência e também podem morrer. Esses são apenas dois exemplos que acabam limitando sua manipulação em formas farmacêuticas que necessitem de aquecimento ou diluição.

Nesse sentido, os paraprobióticos apresentam a vantagem de possibilitar uma gama maior de processos, uma vez que se trata de microrganismos inviáveis que toleram muito melhor mudanças no meio. Assim, além das clássicas cápsulas e sachês, os paraprobióticos podem ser formulados também em gomas e chocolates, por exemplo. Além disso, como não são capazes de se reproduzir nem fermentar, eles podem ser incorporados a uma variedade de alimentos funcionais sem alterar de maneira significativa sua validade.

Segurança para todos os grupos

Além da versatilidade na formulação, a grande vantagem dos paraprobióticos é ter indicações diferenciadas. Visto que não há risco de crescimento bacteriano exacerbado no intestino, há um perfil maior de segurança. Isso é especialmente interessante para alguns tipos de indivíduos mais vulneráveis a infecções. Esse é o caso de indivíduos que apresentam algum tipo de comprometimento imunológico, como aqueles em quimioterapia, portadores de HIV, transplantados, entre outros.  ¹

Esse tipo de abordagem já foi estudado tanto em indivíduos saudáveis quanto imunossuprimidos, crianças, bebês, e até mesmo em neonatos. As evidências demonstram que a administração de paraprobióticos tindalizados, como os da linha ImmuneCal, é segura para todos os grupos, incluindo esses mais vulneráveis. ¹

E como eles funcionam?

Os paraprobióticos da linha ImmuneCal funcionam por três principais mecanismos:

1) Mimetismo molecular e exclusão competitiva: devido a integridade da membrana celular preservada, as cepas inativadas aderem às microvilosidades do epitélio intestinal, inibindo a colonização e proliferação de patógenos.

2) Efeito prebiótico: promovem o crescimento das espécies comensais, como Lactobacillus e Bifidobacterium.

3) Imunomodulação: ativam a cascata de sinalização do sistema imune inato ao interagir com os receptores de reconhecimento de padrões (PPRs) – especialmente os receptores toll-like (TLR) – presentes na membrana de células epiteliais intestinais. Estes receptores reconhecem padrões moleculares associados a microrganismos (MAMP´s), ativando vias de sinalização intracelular (incluindo a do fator de transcrição NF-ΚB) e induzindo a expressão de mediadores do processo inflamatório importantes para a resposta imune. ^2,3

Por meio destes 3 mecanismos, a linha ImmuneCal desencadeia uma gama de efeitos benéficos no organismo, confira abaixo.

Os paraprobióticos podem ser aplicados em diferentes condições clínicas. Adaptado de Shutterstock, 2023.

 

Os paraprobióticos têm ganhado cada vez mais destaque na modulação da microbiota intestinal, e agora você já sabe o porquê, não é mesmo? Agora, que tal mandar isso para aquela sua amiga que nunca conseguiu aderir bem aos probióticos? E se quiser se aprofundar mais, não deixe de conferir as informações referentes a cada cepa da linha ImmuneCal, é só clicar nos botões correspondentes abaixo.

 

 

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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