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Dermatite atópica: tudo o que você precisa saber

Publicado em 12 de dezembro de 2023.

 

Verão chegando e você sabia que com o aumento das temperaturas algumas doenças inflamatórias crônicas se manifestam com mais facilidade?

É o caso da dermatite atópica, uma condição cutânea inflamatória crônica (em outras palavras, uma inflamação na pele que costuma se repetir ao longo da vida) que apresenta desafios tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde. Suas primeiras manifestações costumam ser observadas ainda na infância (afetando de 15 a 25% das crianças) e acometem cerca de 7% dos adultos. Acompanhe nosso texto para saber mais sobre a dermatite atópica e quais abordagens podem auxiliar no manejo dos sintomas. 1

 

O que é dermatite?

Dermatite é o termo técnico geral utilizado para descrever uma inflamação da pele. Existem diversos tipos, como a dermatite de contato (quando há um processo alérgico pelo contato com um determinado material) e a dermatite de estase (quando o processo inflamatório cutâneo acontece por prejuízos na circulação com acúmulo de líquido nos tecidos). Já a dermatite atópica tem uma causa menos clara, o que pode dificultar um pouco o diagnóstico e a identificação dos gatilhos que desencadeiam as crises.

Ela se manifesta por meio de irritações na pele, com ressecamento, descamação e coceira. As áreas mais afetadas costumam ser os braços e atrás dos joelhos, mas ela pode se manifestar em qualquer lugar do corpo.

A sua fisiopatologia é complexa e combina disfunção da barreira cutânea, desregulação imunológica, disbiose da microbiota da pele e fatores genéticos. As anomalias da barreira da pele parecem estar associadas à expressão de filagrina, uma proteína estrutural essencial para a formação da barreira cutânea. Além disso, a desregulação do metabolismo lipídico com redução de ceramidas também parece ser importante, levando à perda de água e ao aumento da penetração de irritantes, alérgenos e microrganismos na pele. 2

 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da dermatite atópica geralmente se baseia na avaliação clínica, considerando a história médica do paciente, sintomas relatados e exame físico. Geralmente esse diagnóstico é realizado por um médico dermatologista ou alergista. Não há um exame laboratorial específico para confirmar a dermatite atópica mas, em alguns casos, podem ser solicitados exames sanguíneos como a pesquisa de IgE e testes de alérgenos cutâneos que podem ajudar a identificar os possíveis desencadeadores.

 

Sintomas e fatores que podem contribuir para as crises de dermatite atópica. Adaptado de Shutterstock.com, 2023.

 

O maior fator de risco associado ao desenvolvimento da dermatite atópica é o histórico familiar de doenças atópicas, como rinite e asma. Se ambos os pais também tiverem dermatite atópica, a criança tem cinco vezes mais chance de desenvolver essa doença também. Outros fatores de risco incluem: viver num ambiente urbano, em regiões com baixa exposição à luz solar ou muito secas, manter uma dieta rica em açúcares e ácidos graxos poli-insaturados, uso repetido de antibióticos antes dos cinco anos de idade e maior nível socioeconômico. 2

 

Como é feito o tratamento?

O tratamento da dermatite atópica visa aliviar sintomas, controlar a inflamação e melhorar a qualidade de vida do paciente. Não existe uma cura definitiva para a doença, mas o tratamento e os cuidados pessoais podem reduzir bastante a incidência e gravidade das crises. Emolientes ou hidratantes desempenham um papel fundamental no manejo diário, mantendo a pele hidratada e reduzindo as manifestações. Corticosteroides tópicos também podem ser prescritos para controlar a inflamação, variando em potência de acordo com a gravidade dos sintomas. 2

Além dos tratamentos tópicos, medicamentos imunossupressores (como tacrolimo) podem ser indicados, especialmente quando os corticosteroides tópicos não são suficientes. Em casos mais graves, outras abordagens como a terapia fotodinâmica, os corticosteroides orais ou injetáveis, e imunossupressores (tal como o metotrexato) podem ser indicadas, embora com precauções devido a potenciais efeitos adversos. Mais recentemente alguns tratamentos com anticorpos também têm ganhado destaque, como o dupilumab, como alternativa em casos de difícil tratamento. 2,3

Outra abordagem promissora mais recente é o uso dos probióticos. Pesquisas demonstram que a administração de espécies como Bifidobacterium animalis subsp. lactis, Lactobacillus fermentum, Lactobacillus paracasei, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus salivarius, Lactobacillus sakei e Streptococcus thermophilus são capazes de reduzir a incidência e a extensão dos processos inflamatórios da dermatite atópica. Além disso, a administração de paraprobióticos como ImmuneCal Lactobacillus plantarum pode ser uma excelente alternativa para atenuar os sintomas da doença, tanto em pessoas imunocompetentes quanto em pessoas imunocomprometidas. 2,4

Além do tratamento farmacológico, cuidados com a hidratação da pele, identificar e evitar os gatilhos, bem como suporte psicológico são elementos essenciais no manejo da dermatite atópica. Em um cenário mais amplo, a conscientização sobre essa condição também é muito importante para eliminar estigmas sociais das doenças de pele. E aí, você conhece alguém que tem dermatite atópica? Que tal mandar essa publicação para essa pessoa? Informação é umas das chaves do manejo adequado da maioria das doenças!

 

 

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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