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Você sabe o que é homeostase?

Publicado em 19 de janeiro de 2021.

O conceito de homeostase foi introduzido pelo fisiologista norte-americano Walter B. Cannon nas primeiras décadas do século passado e, até hoje, é amplamente empregado nas Ciências Biológicas e da Saúde. Embora seja comum nos depararmos com este termo em estudos científicos e livros, você sabe o que é homeostase e qual a sua importância para a manutenção da saúde?

Homeostase ou homeostasia (palavra que deriva do grego homeo = "similar ou igual" e stasis = estático) pode ser definida como uma condição ideal, e na qual um organismo deve permanecer para realizar suas funções adequadamente, de forma a manter-se em equilíbrio e saudável. Desta forma, fatores que comprometam a homeostase do organismo podem contribuir para o desenvolvimento de diversas doenças e acelerar o processo de envelhecimento celular.1,2

A manutenção da homeostase do organismo é essencial para o bem-estar físico e mental, assim como para reduzir o risco de desenvolvimento de inúmeras doenças.

Para manter um estado de homeostase no qual todas as células sejam capazes de desempenhar suas funções, diversas funções do organismo devem se manter constantes e dentro de uma variação aceitável, tal como a temperatura corporal, a concentração de água e eletrólitos, o pH, a concentração dos gases sanguíneos (como oxigênio e dióxido de carbono), a frequência cardíaca, a pressão arterial, a disponibilidade de fontes de energia, a imunidade, a resposta psicológica ao estresse, entre muitas outras. Desta forma, no corpo humano é possível identificar vários tipos diferentes de homeostase.

A homeostase hidroeletrolítica (ou osmorregulação), por exemplo, é controlada principalmente pelos rins, que regulam a concentração de água, minerais ou outras substâncias que são eliminadas através da urina ou reabsorvidas para a corrente sanguínea. Com isso, além degarantir os níveis de água e eletrólitos necessários para o funcionamento adequado do organismo, a homeostase hidroeletrolítica também está envolvida na regulação do pH do sangue e da pressão arterial.3,4

A homeostasia térmica, por sua vez, é responsável por manter a temperatura corporal constante apesar das mudanças no ambiente externo, sendo controlada principalmente através da pele e da circulação sanguínea. Na pele, as glândulas sudoríparas eliminam água no suor, favorecendo a perda de calor quando a temperatura corporal aumenta. Enquanto isso, a variação do diâmetro dos vasos sanguíneos controla a distribuição de calor ao organismo, já que o sangue é um importante condutor de calor. Desta forma, quando a temperatura corporal se eleva, a dilatação dos vasos sanguíneos facilita a irradiação de calor através da superfície do corpo, enquanto que quando a temperatura corporal diminui ocorre a constrição dos vasos periféricos (principalmente em pernas e braços), retendo calor e fazendo com que o fluxo sanguíneo seja direcionado aos órgãos.4,5

Já a homeostasia energética envolve a síntese de moléculas de ATP pelas mitocôndrias em células de diferentes tecidos, que ocorre a partir do metabolismo de nutrientes obtidos através da dieta (principalmente glicose e ácidos graxos). Neste contexto, o pâncreas também exerce um papel importante tanto para a homeostasia energética quanto para a osmorregulação, uma vez que é responsável por produzir e liberar insulina, hormônio necessário para a captação de glicose pelas células e que impede seu acúmulo na corrente sanguínea. Além do pâncreas, o fígado também contribui para a regulação dos níveis de glicose no sangue (através do armazenamento de glicose na forma de glicogênio), bem como participa da metabolização de inúmeras substâncias. Ainda, a remoção de resíduos provenientes do metabolismo – conhecida como excreção – é realizada principalmente pelos rins e pulmões, impedindo que substâncias (como ureia e gás carbônico) se acumulem e provoquem efeitos danosos ao organismo, comprometendo a sua homeostase.6-8

O pâncreas e o fígado são órgãos importantes para a manutenção da homeostasia energética e para a eliminação de substâncias potencialmente danosas ao organismo.

Embora diferentes órgãos e sistemas do corpo humano participem da manutenção da homeostase, o sistema nervoso e o sistema endócrino são os principais responsáveis por manter o equilíbrio do organismo mesmo diante de alterações que ocorram no ambiente externo ou mesmo no próprio organismo (tal como em quadros inflamatórios).9-11

Após detectar qualquer sinal relacionado ao desequilíbrio da homeostase, o sistema nervoso processa essa informação e coordena uma resposta para que o organismo retorne ao estado de equilíbrio, o que envolve a liberação de hormônios por órgãos e glândulas que compõem o sistema endócrino. Esse mecanismo podem ser chamado de feedback ou, ainda, de retroalimentação.12-13

O sistema nervoso coordena a liberação de hormônios por órgãos e glândulas que compõem o sistema endócrino, auxiliando na manutenção da homeostase do organismo.

O feedback negativo é o principal mecanismo através do qual o organismo tenta gerar respostas que revertam ou inibam determinado estímulo relacionado ao desequilíbrio da homeostase, desencadeando alterações no sentido oposto. Um exemplo é a regulação da temperatura corporal através de termorreceptores, que são receptores sensoriais localizados na pele, em mucosas e no hipotálamo. O hipotálamo, por sua vez, é uma região do sistema nervoso central que atua como um centro regulador da temperatura corporal, estimulando a liberação de hormônios que acionam mecanismos para aumentar ou reduzir a temperatura do organismo até uma condição de homeostase. Dentre estes mecanismos, estão a sudorese, a vasoconstrição ou vasodilatação, e o tremor muscular.12-13

Entretanto, frente a algumas situações, o controle hipotalâmico não é suficiente para manter a homeostase térmica do organismo, resultando em quadros de hipotermina e hipertermia (ou febre), caracterizados pela redução ou aumento significativos da temperatura, respectivamente. Enquanto a hipotermia geralmente é provocada por fatores ambientais (temperaturas muito baixas, nas quais o corpo dissipa mais calor do que é capaz de produzir internamente), algumas substâncias – chamadas de pirogênicas – são capazes de alterar o funcionamento dos termorreceptores localizados no hipotálamo e induzir o aumento da temperatura corporal. Isso ocorre porque o hipotálamo eleva o limiar térmico do organismo, ou seja, passa a “entender” que a temperatura corporal ideal para manter a homeostase é superior à realmente necessária. Com isso, desencadeia respostas metabólicas de produção e conservação de calor, como tremores, vasoconstrição periférica e aumento do metabolismo basal. É o que ocorre, por exemplo, durante infecções, devido à liberação de substâncias pirogênicas pelos microrganismos ou pelas próprias células de defesa. Embora inicialmente a febre (temperatura corporal acima dos 37,8 graus Celsius) seja benéfica, pois estimula o funcionamento das células do sistema imunológico e reduz a taxa de proliferação dos microrganismos, temperaturas cima de 41 graus Celsius podem comprometer significativamente a homeostase do organismo, resultando em desnaturação de proteínas e enzimas, instabilidade das membranas celulares e alterações na função mitocondrial em vias metabólicas dependentes de oxigênio.10,14

Por fim, vale relembrar que a melhor estratégia para manter a homeostase do organismo e preservar a sua saúde é manter hábitos de vida saudáveis, como alimentação balanceada e prática regular de atividades físicas. Além disso, é importante evitar fatores que acarretam em efeitos prejudiciais ao organismo, tal como o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e a exposição prolongada a substâncias químicas ou radiações.

 

 

A Withania somnifera (popularmente conhecida como Ashwagandha, cereja de inverno ou ginseng indiano) é uma das espécies botânicas mais utilizadas pela Medicina Ayurvédica devido aos seus efeitos benéficos sobre a homeostase do organismo, a longevidade, a vitalidade e a cognição. Com isso, vem sendo tradicionalmente utilizada como um adaptógeno, contribuindo para a redução do estresse e da ansiedade, bem como para a melhora da disposição física.

Evidências apontam que os compostos bioativos presentes em Ashawagandha KSM 66® exercem efeitos antioxidante, anti-inflamatório e neuroprotetor, e que a suplementação com este extrato promove uma melhora do humor, além de reduzir a produção de cortisol (hormônio do estresse) frente a estímulos estressores. Com isso, a suplementação com Ashawagandha KSM 66® contribui para o manejo do estresse e da ansiedade, promove uma melhora da qualidade do sono, na função cognitiva, no desempenho físico e na função sexual.

As raízes de Withania somnifera são ricas em witanolídeos e outros com postos bioativos que exercem efeitos benéficos na redução do estresse e da ansiedade, na melhora da disposição física e da função cognitiva.

 

Kombucha é uma bebida pré e probiótica originária da China, produzida a partir da fermentação de chá e açúcar por uma associação simbiótica de bactérias e leveduras. O chá verde (infusão de folhas de Camellia sinensis) é um dos meios mais utilizados para a produção de Kombucha, sendo que após 7 a 10 dias de fermentação é obtida uma bebida gaseificada de sabor levemente doce e ácido à qual já foram atribuídos diversos efeitos de relevância terapêutica, incluindo ação probiótica, imunomodulatória, desintoxicante, anti-inflamatória, antioxidante e termogênica.

Apesar de todos os efeitos benéficos à saúde, diversos inconvenientes estão associados com a produção artesanal de Kombucha. Além de ser um processo trabalhoso e demorado, as fermentações sucessivas através da reinoculação do scoby (cultura simbiótica de bactérias e leveduras de aspecto gelatinoso) sem um controle adequado podem resultar em bebidas de composição variável, com geração de substâncias indesejadas e crescimento microbiano de espécies patogênicas, entre outros fatores que podem limitar a eficácia terapêutica desta bebida nutracêutica.

Neste contexto, Kombucha na forma de pó solúvel (obtido através de um processo controlado e padronizado de fermentação do chá verde por uma cultura simbiótica de bactérias e leveduras) é uma alternativa que permite o consumo de Kombucha sob diferentes formas farmacêuticas sem os inconvenientes associados ao processo artesanal. A kombucha obtida através da fermentação de chá verde possui valor nutricional elevado e contém compostos bioativos que agem sinergicamente, incluindo açúcares, compostos polifenólicos, fibras, aminoácidos, vitaminas hidrossolúveis (B1, B6, B12 e C), minerais essenciais e outros subprodutos do metabolismo microbiano.

O consumo de kombucha está associado a diversos efeitos benéficos à saúde humana. Os microrganismos probióticos presentes na kombucha promovem o equilíbrio da flora intestinal e exercem efeito imunomodulatório. Além disso, a kombucha possui valor nutricional elevado e contém inúmeros compostos bioativos (como compostos polifenólicos, vitaminas hidrossolúveis e outros subprodutos do metabolismo microbiano) que agem sinergicamente e exercem diversos efeitos benéficos no organismo humano, incluindo atividade antioxidante, anti-inflamatória, hipolipemiante, antitumoral, hepatoprotetora e desintoxicante.

 

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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