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Varizes: o que são, principais causas e como tratar

Publicado em 27 de setembro de 2021.

Varizes são veias tortuosas e dilatadas que podem aparecer em qualquer região do corpo, sendo as pernas (e, algumas vezes, os pés) as áreas mais afetadas. Embora usualmente consideradas apenas como uma questão estética, as varizes são um indicativo de má circulação venosa que pode, em casos mais graves, evoluir para insuficiência venosa crônica e provocar uma série de danos à saúde. Mas você sabe quais são os tipos de varizes e como diferenciar aquelas que provocam um comprometimento estético das que podem ocasionar sintomas mais graves? 1

Diferentes tipos de varizes e sintomas clínicos

As varizes se diferenciam, principalmente, pelo seu tamanho, coloração e profundidade. Consequentemente, os diferentes tipos de varizes determinam o grau, a severidade e o tratamento desta condição. Neste contexto, as varizes podem ser classificadas em: 2–4

  • Telangiectasia: popularmente conhecidas como “vasinhos”, as telangiectasias são pequenas veias superficiais, de calibre inferior a 2 mm, localizadas logo abaixo da pele e que apresentam coloração avermelhada ou azul. Aparecem, em sua maioria, na região das pernas e da face, podendo apresentar disposição linear ou sinuosa, bem como formar emaranhados ou exibir aspecto aracneiforme – também chamadas de “aranhas vasculares”. Não provocam prejuízos graves à saúde vascular, porém, podem comprometer a aparência estética da pele;

  • Varizes reticulares: também localizadas na superfície da pele, as varizes reticulares medem entre 1 e 3 mm de diâmetro, apresentam coloração azulada ou esverdeada, e podem aparecer juntas formando um aspecto de rede. Não resultam em sintomas clínicos evidentes, no entanto, podem provocar sensação de peso, cansaço e desconforto das pernas;

  • Varizes tronculares: são consideradas o tipo mais grave de varizes e, por isso, exigem tratamento imediato. Apresentam aspecto dilatado, inchado e tortuoso (popularmente dito como “veias saltadas” na pele, de coloração azul arroxeada), com cerca de 4 mm de diâmetro e bem visíveis. Além de afetar a estética da pele, estas varizes indicam um problema na saúde vascular: a insuficiência venosa. Além de sintomas como cansaço e peso demasiado dos membros inferiores, de acordo com o grau de severidade e o risco que oferecem, as varizes tronculares podem também provocar edema na região afetada ou nos tornozelos, coceira, vermelhidão e sensação de queimação. Ainda, em casos mais avançados, os sintomas podem evoluir para o aparecimento de eczemas e ulcerações dolorosas e profundas, ocasionando extremo desconforto na região afetada. A presença de varizes tronculares pode, também, favorecer a ocorrência de flebite ou tromboflebite – inflamação de veias superficiais devido à formação de coágulos sanguíneos.  

Classificação dos diferentes tipos de varizes de acordo com sua aparência e gravidade.  Adaptado de www.shutterstock.com, 2021.

Mas o que provoca o aparecimento de varizes e como podemos evitá-las?

Fatores que contribuem para o desenvolvimento de varizes e como preveni-las

O sistema vascular do nosso organismo é composto por veias e artérias. As artérias transportam o sangue rico em oxigênio do coração para os demais tecidos do organismo, enquanto as veias são responsáveis pelo retorno do sangue (pobre em oxigênio) para o coração e pulmões, permitindo que o oxigênio seja novamente incorporado após as trocas gasosas. Nos membros inferiores do corpo, a circulação venosa ocorre contra a ação da gravidade, uma vez que o sangue deve fluir em direção ascendente para retornar ao coração. Para que tal fluxo ocorra, as veias apresentam um mecanismo de controle baseado em válvulas que abrem e fecham, permitindo a passagem do sangue sem que o mesmo flua na direção contrária (direção descendente). Quando o mecanismo de abertura e fechamento das válvulas é danificado, o fluxo sanguíneo ocorre também em direção descendente – chamado de refluxo venoso – e resulta no acúmulo de sangue nas veias, promovendo o aumento e a dilatação da parede venosa. Tal efeito resulta no aparecimento das varizes. 5

As razões pelas quais as válvulas enfraquecem e as paredes das veias dilatam não são totalmente compreendidas. No entanto, as varizes se manifestam com maior frequência em mulheres, indicando um papel importante dos hormônios femininos para esta condição. Ainda, permanecer sentado ou em pé por longos períodos, histórico familiar, idade, gravidez, uso de anticoncepcional, hipertensão, obesidade, tabagismo e sedentarismo são considerados fatores de risco para o aparecimento de varizes. Com isso, medidas como o uso de meias elásticas (ou de compreensão), a prática regular de exercícios físicos e a manutenção do peso corporal podem auxiliar a prevenir o aparecimento de varizes. No entanto, nem sempre é possível evitá-las. Neste contexto, diversas pesquisas têm sido realizadas visando otimizar o tratamento de diferentes tipos de varizes. 4

Fisiopatologia das varizes e fatores de risco associados ao seu desenvolvimento. Adaptado de www.shutterstock.com, 2021.

Tratamento

Uma vez que as varizes já estão presentes, diferentes abordagens podem ser utilizadas para torná-las menos aparentes, sendo determinadas de acordo com a extensão, profundidade e severidade das varizes. Dentre as opções de tratamento, destacam-se: 6

  • Ablação endotérmica: utilização de lasers que emitem calor, realizada para promover a cauterização e eliminação de varizes de pequeno tamanho;

  • Escleroterapia: também utilizada para varizes de pequeno calibre, a escleroterapia utiliza polímeros que cicatrizam e fecham as varizes, impedindo o fluxo sanguíneo e a formação de novas varizes no mesmo local. Pode ser necessária a reaplicação da terapia para que ocorra o desaparecimento total das lesões;

  • Flebectomia ou remoção cirúrgica: procedimento em que as veias são removidas cirurgicamente. Este procedimento é utilizado em casos em que as varizes apresentam maior tamanho e grau de severidade.

Ainda, diversos estudos têm investigado os benefícios da utilização de compostos naturais na prevenção e tratamento de varizes. Em um estudo recente, foi demonstrado o papel importante do estresse oxidativo na fisiopatologia da insuficiência venosa crônica e do aparecimento de varizes. De acordo com este estudo, a redução das defesas antioxidantes endógenas e o aumento da geração de espécies reativas, juntamente com a instalação de um processo inflamatório, contribuem para a disfunção endotelial e perda da elasticidade venosa, favorecendo a dilatação da parede vascular e promovendo o refluxo venoso. Neste contexto, compostos que auxiliam no combate ao estresse oxidativo e redução da inflamação podem minimizar o aparecimento de varizes e de suas complicações. Em particular, flavonoides e saponinas presentes nas espécies Ginko biloba, Aesculus hippocastanum (castanha da Índia) e Pinus pinaster (pinheiro bravo), bem como derivados da rutina, diosmina e pycnogenol têm demonstrado potencial terapêutico para o tratamento das varizes, visto que melhoram a microcirculação sanguínea e reduzem a fragilidade endotelial. Para acessar o estudo completo clique no link.

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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