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Prasterona e terapia de reposição hormonal pós-menopausa

Publicado em 04 março de 2024.

 

A menopausa é uma fase natural na vida de toda mulher, que ocorre geralmente entre 40 e 50 anos de idade. Ela é marcada pelo período em que ocorre o último ciclo menstrual e a posterior interrupção da menstruação, em resposta ao declínio na biossíntese de hormônios como estradiol, testosterona e progesterona. Esse período pode trazer consigo uma série de sintomas desafiadores, como ondas de calor (popularmente chamados de fogachos), alterações de humor, ressecamento vaginal e redução da densidade do tecido ósseo – que favorece o desenvolvimento de osteoporose. Felizmente, muitas mulheres podem recorrer à terapia de reposição hormonal (TRH) para lidar com esses sintomas e melhorar sua qualidade de vida, sendo a prasterona um importante precursor na biossíntese de estrógenos e andrógenos (como o estradiol e a testosterona, respectivamente)

Mas, antes de mais nada, se quiser aprofundar a leitura a respeito do climatério e da menopausa, clique aqui.

 

O que é a terapia de reposição hormonal (TRH)?

A TRH é uma abordagem terapêutica que consiste na administração de hormônios sintéticos ou naturais para restaurar os níveis hormonais que diminuíram durante a menopausa. A escolha do tipo de hormônio, doses e tempo de uso são determinados pelo médico responsável. Os dois principais tipos de hormônios utilizados na TRH são estrógenos (que agem pela via do estrogênio) e progestágenos (que agem pela via da progesterona). 1

Os estrógenos são os maiores responsáveis por contrabalancear os sintomas mais incômodos e preocupantes da menopausa, como os vasomotores (ondas de calor), os urogenitais (bexiga hiperativa, incontinência urinária, infecção recorrente do trato urinário e atrofia vaginal) e ósseos (osteoporose). Dentre os estrógenos os principais são estradiol, estriol, etinilestradiol, mestranol, quinestrol e dietilestilbestrol. 1,2

Já os progestágenos são indicados em associação aos estrógenos no caso de mulheres com útero preservado. Isso porque os estrógenos quando usados isoladamente aumentam o risco de hiperplasia endometrial e câncer de útero. Evidências sugerem que a progesterona reduz a expressão e a atividade do receptor de estrogênio do tipo α (ERα), reduzindo a proliferação celular mediada por estrogênio e, consequentemente, o risco de desenvolvimento de certos tipos de câncer. Nesse caso, os progestágenos são introduzidos na TRH para proteger o endométrio, sendo os mais utilizados a progesterona, a noretindrona, o levonorgestrel, a medroxiprogesterona, a trimegestona e a drospirenona. 1,3

Entre outros hormônios que podem ser utilizados na TRH, está a prasterona, também conhecida como dehidroepiandrosterona ou DHEA. A prasterona é um hormônio sintetizado pelo córtex das glândulas adrenais e utilizado na biossíntese de hormônios esteroides (como estrogênio e testosterona) em tecidos-alvos específicos, sendo essa conversão relacionada com as enzimas esteroidogênicas expressas em cada região.  Adicionalmente, tem sido demonstrado que os efeitos biológicos da prasterona podem ser associados também à sua interação direta com alvos celulares específicos, incluindo receptores de membrana, receptores celulares não específicos ou, ainda, pela interação com proteínas plasmáticas.

Estudos sugerem que a prasterona pode aliviar os sintomas da menopausa, como ondas de calor e ressecamento vaginal, além de melhorar o humor e a função cognitiva. Além disso, a prasterona também pode ter efeitos positivos na saúde óssea, ajudando a prevenir a perda de massa óssea que ocorre durante a menopausa. Um dos principais benefícios da prasterona é sua capacidade de atuar como um hormônio precursor, ou seja, ela pode ser convertida pelo organismo em estrogênio e testosterona conforme necessários. Isso permite que a prasterona ajude a restabelecer o equilíbrio hormonal de forma mais natural e personalizada, adaptando-se às necessidades individuais de cada mulher. 4,5

Se você quiser aprofundar a leitura sobre os mecanismos de ação pelos quais a prasterona atua no organismo, não deixe de conferir esta publicação que selecionamos para você.

A menopausa pode desencadear sintomas incômodos, que são atenuados pela TRH. Adaptado de Shutterstock.com, 2024.

 

A TRH é para todas as mulheres?

Não. Ela é indicada para aquelas que têm sintomas moderados a intensos relacionados à menopausa e que não apresentam contraindicações. Cerca de 20% das mulheres nem apresenta sintomas significativos e não têm grandes incômodos nessa fase.

As principais contraindicações da TRH são histórico pessoal ou familiar de câncer de mama, câncer de endométrio, tromboembolismo agudo, hepatopatia aguda ou grave, cardiopatia grave e sangramento uterino sem causa diagnosticada. O médico é o profissional responsável por fazer a avaliação de riscos e benefícios em cada caso em particular, sendo essencial o acompanhamento profissional nessa fase. 1

 

Como a manipulação pode contribuir no contexto da TRH?

A manipulação oferece a possibilidade de personalização do tratamento, o que é bastante vantajoso quando falamos de saúde de maneira geral. Na fase do climatério e menopausa são diversas as vantagens, mas uma das principais é a escolha da forma farmacêutica que melhor se adapta às necessidades e preferências da mulher. Enquanto algumas podem preferir a praticidade dos implantes hormonais para a TRH, por exemplo, outras podem optar por uma via menos invasiva, como os géis ou adesivos transdérmicos.

Além disso, a manipulação oferece uma ampla variedade de ativos que podem ser associados à TRH como estratégias de suplementação para melhora de outros aspectos da saúde e do bem-estar físico e mental da mulher. Por exemplo, para melhora da elasticidade, firmeza e hidratação da pele (que costumam estar reduzidas nesta fase), podemos escolher uma estratégia in & out, combinando ativos como a coenzima Q10  e o NaturalMax.

A TRH pode oferecer uma melhora significativa na saúde e qualidade de vida das mulheres no climatério e pós menopausa, mas é uma abordagem terapêutica que deve ser indicada de maneira criteriosa e ajustada a cada caso específico. E nesses casos a manipulação pode oferecer diversas vantagens ao viabilizar a sua personalização. E você, conhece alguém que está passando por essa fase? Não deixe de encaminhar essa publicação para ela, pois conhecimento nos ajuda a enfrentar os desafios da vida com mais tranquilidade.

 

   
   
   

 

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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