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Melasma: saiba o que é, como tratar e prevenir

Publicado em 31 de agosto de 2021.

O envelhecimento da pele é um processo natural e progressivo, caracterizado pela redução da sua elasticidade, hidratação e firmeza. O sinal mais evidente associado ao envelhecimento do tecido cutâneo é o aparecimento de rugas e linhas de expressão, sendo uma das principais preocupações de homens e mulheres com o avanço da idade. No entanto, outra condição dermatológica muito comum também pode influenciar significativamente o aspecto do tecido cutâneo, conferindo um aspecto de pele envelhecida: o melasma.

Mas o que é o melasma e porque ele ocorre?

Melasma é uma condição dermatológica caracterizada pela hiperpigmentação do tecido cutâneo e pelo aparecimento de manchas de coloração acastanhada, com bordas irregulares e limites bem definidos. Estas manchas frequentemente estão localizadas na pele da face (incluindo testa, bochechas, queixo e parte superior do lábio), bem como em outras regiões do corpo que são constantemente expostas à luz solar, tais como antebraço e pescoço. O melasma se desenvolve a partir do aumento da melanogênese – processo responsável pela síntese da melanina, pigmento que confere coloração à pele, para os olhos e cabelo. No melasma, por sua vez, ocorre a síntese exacerbada de melanina pelos melanócitos e, consequentemente, o acúmulo deste pigmento no tecido cutâneo – originando manchas escuras na pele. 1,2

Apesar de ainda não existirem causas definidas para o desenvolvimento do melasma, tem sido demonstrado que diversos fatores contribuem para o aumento da síntese de melanina, incluindo o uso de anticoncepcionais, alterações hormonais, gestação, predisposição genética e, principalmente, a exposição excessiva à luz solar sem utilizar fotoprotetores. Pesquisas recentes apontam que o melasma está intimamente relacionado com o fotoenvelhecimento do tecido cutâneo (para ler mais sobre o fotoenvelhecimento da pele, acesso o link), uma vez que diversas características associadas ao fotoenvelhecimento também estão presentes nos locais em que ocorre o aparecimento do melasma, incluindo a elastose solar – processo em que ocorre a degradação de fibras elásticas e de colágeno no tecido cutâneo, tornando a pele mais espessa. Ao atingirem a pele, os raios solares exercem inúmeros efeitos danosos, incluindo o aumento da produção de espécies reativas de oxigênio e de outros radicais livres, bem como a liberação de mediadores inflamatórios pelos queratinócitos – células localizadas na camada da epiderme da pele. Ainda, a exposição à luz solar pode provocar o aumento da vascularização tecidual e da expressão de endotelina-1, além de promover alterações na membrana basal – local onde estão localizados os melanócitos. Em conjunto, tais efeitos aumentam a proliferação de melanócitos e estimulam a melanogênese, favorecendo o desenvolvimento do melasma. Além disso, vale destacar que a luz visível (emitida pelas lâmpadas e telas de celulares, por exemplo) também pode promover estes efeitos e contribuir para o desenvolvimento do melasma. 3–5

Para saber mais, acesse um estudo publicado em 2019 sobre a patofisiologia do melasma através do link.

Efeitos da luz solar e da luz visível sobre a pele, que contribuem para o desenvolvimento do melasma. Adaptado de www.shutterstock.com, 2021

 

Classificação dos diferentes tipos de melasma

O melasma pode ser classificado em diferentes tipos, de acordo com sua gravidade e o local que acomete. O melasma epidérmico (ou superficial) é caracterizado pelo aparecimento de manchas escuras nas camadas basais ou suprabasais da epiderme, enquanto o melasma dérmico (ou profundo) é aquele em que o acúmulo de melanina está localizado na camada intermediária da pele, a derme – camada entre a epiderme e a hipoderme, composta por vasos sanguíneos, glândulas sebáceas e sudoríparas, além de terminações nervosas. Ainda, o melasma pode ser classificado como misto, em que o acúmulo de melanina ocorre na epiderme e derme. Além disso, o melasma pode ainda ser classificado de acordo com a região da face em que é encontrado, podendo ser: centro facial (regiões da testa, bochechas, nariz, lábio superior e queixo), malar (localizado nas áreas zigomáticas do rosto, popularmente conhecidas por maças do rosto) e mandibular (áreas da mandíbula, queixo e lábios). 5

Existe tratamento para o melasma?

Ainda que o melasma seja uma das condições dermatológicas mais frequentes, seu tratamento nem sempre é eficaz. Por se tratar de uma condição crônica, recomenda-se a utilização diária de protetor solar a fim de prevenir o aparecimento do melasma ou, ainda, auxiliar em seu tratamento. Uma vez que o melasma é diagnosticado, o tratamento deve ser realizado de forma contínua, de acordo com o tipo de hiperpigmentação e do local afetado em cada indivíduo. Frequentemente, as abordagens mais utilizadas envolvem a aplicação tópica de compostos despigmentantes (clareadores), bem como a realização de procedimentos estéticos – incluindo a terapia com laser, o microagulhamento e a realização de peelings faciais. 6

Dentre os compostos que podem ser utilizados para o tratamento do melasma destaca-se a hidroquinona – composto amplamente utilizado como despigmentante cutâneo, que atua inibindo a enzima tirosinase, necessária para a síntese de melanina. No entanto, o tratamento com hidroquinona pode acarretar na manifestação de efeitos adversos indesejados (como dermatite, ocronose e hiperpigmentação pós-inflamatória), limitando a sua utilização para o tratamento do melasma. Desta forma, diversos estudos têm investigado o potencial terapêutico de outros compostos nesta condição dermatológica, tais como os ácidos glicólico, kójico, tranexâmico e ferúlico, as vitaminas C e E, o Phloretin, o alfa-arbutin, a niacinamida e a cisteamina.

Em particular, um estudo recente conduzido com 55 mulheres (idade entre 27 e 60 anos) demonstrou que a aplicação tópica de um sérum contendo 3% de ácido tranexâmico, 1% de ácido kójico e 5% de niacinamida, duas vezes ao dia, promoveu uma redução significativa das manchas de pele após 12 semanas de tratamento. Além disso, foi observada também uma melhora significativa da textura e da homogeneidade do tom de pele destas mulheres a partir das duas primeiras semanas de uso do creme contendo os compostos. Tais efeitos permaneceram até o término do estudo e demonstram o potencial terapêutico destes compostos para atenuar os efeitos do melasma.

Para acessar o estudo completo, clique no link.

 

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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